Injeção de Poliuretano: Tratamento de Impermeabilização e Reforço de Solo/Fundações

Injeção de poliuretano para tratamento de impermeabilização e reforço estrutural de solos/fundações

Injeção de Poliuretano: Aplicações e Benefícios

A injeção de poliuretano é uma técnica versátil e eficaz na construção civil e pouco utilizada devido ao desconhecimento técnico da tecnologia. Ela se destaca por oferecer soluções práticas em duas principais esferas de atuação: o tratamento de sistemas de impermeabilização e o reforço de solo e fundações. Vamos detalhar essas esferas, explorando suas vantagens, aplicações e exemplos práticos.


1. Tratamento de Sistemas de Impermeabilização

A injeção de espuma de poliuretano monocomponente é uma técnica eficiente para corrigir falhas em sistemas de impermeabilização de diversas estruturas.

1.1. Como Funciona a Injeção Monocomponente

A espuma de poliuretano monocomponente reage com a água presente na estrutura, expandindo-se cerca de 50%. Esse aumento de volume permite que a espuma encontre as falhas no sistema de impermeabilização, vedando-as completamente e prevenindo infiltrações futuras.

1.2. Aplicações Comuns
  • Reservatórios: Em caixas d’água ou piscinas de concreto armado, a injeção é ideal para corrigir infiltrações, evitando a perda de água e protegendo a estrutura contra danos.

  • Lajes Submersas: Em estruturas em contato com o lençol freático, como estacionamentos subterrâneos, a injeção sela falhas de maneira eficaz, sem a necessidade de intervir na superfície externa.

  • Lajes Descobertas: Varandas, sacadas, terraços e marquises expostas às chuvas são tratadas sem a remoção do revestimento, resolvendo infiltrações de forma pontual.

1.3. Benefícios da Injeção Monocomponente
  • Economia: O tratamento é realizado na face oposta à da impermeabilização existente, evitando a necessidade de demolir pisos ou revestimentos, o que reduz consideravelmente os custos.

  • Rapidez: O processo é direcionado ao ponto da infiltração, sem necessidade de tratar toda a superfície, economizando tempo e reduzindo interrupções.


2. Reforço de Solo e Fundações

A injeção de espuma de poliuretano bicomponente é usada principalmente para reforçar o solo e fundações rasas, corrigindo problemas de recalque diferencial e instabilidade estrutural de solo.

2.1. Como Funciona a Injeção Bicomponente

A espuma bicomponente é formada pela reação de dois componentes que se misturam na saída da mangueira, expandindo até 3000% (30 vezes o volume original). Esse processo preenche vazios no solo, compactando-o e até mesmo, em alguns casos, elevando a estrutura ao nível original.

2.2. Aplicações Comuns
  • Reforço de Fundações: A técnica é ideal para corrigir recalques diferenciais que afetam a estabilidade de construções, prevenindo rachaduras e danos estruturais.

  • Correção de Afundamento de Pisos: Em pisos de galpões industriais que sofrem afundamentos devido ao peso de maquinário pesado, a injeção de poliuretano é uma solução rápida e eficaz.

2.3. Benefícios da Injeção Bicomponente
  • Correção Precisa de Recalques: A injeção preenche os vazios do solo e, em muitos casos, eleva a estrutura ao seu nível original, corrigindo deformações e estabilizando a construção.

  • Intervenção Minimizada: Diferentemente de métodos tradicionais que exigem escavações, a injeção de poliuretano é aplicada com mínima interferência na estrutura existente.

2.4. Exemplo Prático

Em uma residência com problemas de afundamento do solo, a injeção bicomponente é realizada para preencher vazios, compactar o solo e restaurar a estabilidade da estrutura, prevenindo futuras rachaduras.



Conclusão

A injeção de poliuretano é uma solução versátil e eficaz, sendo amplamente aplicada tanto no tratamento de impermeabilização quanto no reforço de solo e fundações. Para infiltrações, a espuma monocomponente oferece rapidez e economia, enquanto a espuma bicomponente resolve problemas de recalque de forma eficiente e duradoura. Ambas as técnicas garantem intervenções pontuais, minimizando os impactos na estrutura e nos custos.

Vídeo com exemplos de injeção de poliuretano para tratamento de impermeabilização em estruturas de concreto armado.

 

Vídeo com exemplos de injeção de poliuretano para reforço estrutural de solo e fundações

Impermeabilização: Lajes, Marquises, Reservatórios etc.

Laje apresentando sinais graves de infiltração.

A Impermeabilização de áreas descobertas (terraço, varandas, playground etc.) e reservatórios (caixa d’água e cisterna) é vital para a saúde e vida útil de edifícios. 

A ausência de sua manutenção preventiva e/ou o desprezo de suas evidências (infiltrações ao pavimento inferior) podem acarretar a longo prazo grandes prejuízos, pois ter-se-á que, além da impermeabilização a ser feita/revisada, recuperar a estrutura afetada ou, nos piores casos, demolida e reconstruída).

0. Tipos de Sistema de impermeabilização

Temos vários tipos de sistema de impermeabilização para áreas descobertas ou reservatórios:

i) Telhados com Calhas e Rufos.

As telhas recebem a água e desaguam na calha. Os rufos protegem a parte lateral e posterior do telhado, de modo que não passe pela junta.

ii) Lajes

Impermeabilização mais comum utilizada em lajes é a manta asfáltica.

Se a laje for uma área técnica ou sem tráfego de pessoas (somente técnicos), utiliza-se a manta com autoproteção (normalmemente alumínio ou ardósia). 

A proteção mecânica e contrapiso é apropriada para manta asfáltica sem autproteção. Idela para pisos de garagem, playground etc., onde há circulação de pessoas ou veículos.

iii) Reservatórios

Os reservatórios são normalmente elevados (caixas d’água e piscinas) ou enterrados (cisternas e piscinas).

O tipo de impermeabilização mais comum utilizado é a argamassa polimérica para ambos casos (tipo viaplus 7000, sika 7 etc.), acompanhada sempre de tela de poliéster para cantos/quinas e aberturas (ralos, tubos etc.).

1. Evidências de Infiltração

Para a solução definitiva de infiltrações, temos o seguinte:

A identificação de pontos iniciais de infiltração não pode ser ignorada. Não precisa ser profissional para saber identificá-los: 

A) Tudo, na maioria dos casos, começa com um ‘pinga-pinga’ no teto ou uma mancha amarelada que vai se espalhando;

B) Se esses pequenos sinais não forem levados a sério, teremos o reboco/gesso do teto começando a desagregar (soltar);

C) E finalmente, começaremos a ver a armadura corroída/oxidada e parte da estrutura (concreto) da laje se desagregando.

Conforme relatamos acima, basta olhar para o teto durante a chuva para ver se está tendo infiltração (ou para o chão: poça de água).

2. Solução dos Problemas

Após a identificação de um sinal de infiltração, não deixe para depois! Chame já um profissional ESPECIALIZADO deve ser chamado (de preferência da DEUTSCH ENGENHARIA 😃) para avaliar o serviço a ser executado: Cuidado com o barato que sai caro! Economizar na manta e em profissinal qualificado vai te trazer prejuízo e dor de cabeça!

Remendo são paliativos e normalmente não duram muito tempo. Para serviços de impermeabilização é mais eficiente trabalhar em toda a superfície horizontal de mesmo nível que fica na face oposta (pavimento acima) do local identificado.

Lembrando que o teste de estanqueidade é necessário, especialmente para sistemas de impermeabilização que possuem proteção mecânica (contrapiso, pastilhas etc.).

3. Recuperação Estrutural

A infiltração normalmente gera problemas estruturais que, após sua devida impermeabilização

i) Após a remoção de todo conteúdo desagregado no ensaio à percussão, será verificado o estado estrutural pelo profissional e/ou engenheiro responsável

ii) Em seguida, será executada a recomposição destas superfícies com chapisco de aproximadamente 3mm de espessura, feito com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:2, no caso de a camada de alvenaria (tijolo ou concreto) ficar aparente, utilizando bianco como ponte de fixação no substrato existente;

iii) Após a cura deste, quando da sua aplicação, será feito o emboço, com espessura variável de forma a se conseguir o nivelamento em relação ao emboço existente não desagregado, com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa, reaplicando novamente o bianco para potencializar ainda mais a aderência do reboco ao chapisco;

iv) Caso notada a desagregação do concreto e corrosão de armaduras, proceder-se-á da seguinte forma:

          A) Retirada SOMENTE do concreto desagregado, deixando o concreto são para não abalar a estrutura;

          B) Remoção da seção oxidada/corroída da armadura com escova de aço adequada;

OBS: Caso após a remoção da parte oxidada/corroída, a seção remanescente da armadura seja inferior a 90% do seu total original, proceder-se-á com reforço estrutural, respeitando seus respectivos transpasses, sendo sua ancoragem com chumbador químico (adesivo estrutural bicomponente A+B).

          C) Aplicação de inibidor de corrosão à base de Zinco/Resina Cimentícia (FERROPROTEC da VIAPOL) em 02 demãos (conforme indicação do fabricante);

          D) Aplicação de adesivo estrutural para aderência da nova camada de concreto a ser executada (grout de reparo estrutural de 30 a 50MPa);

          E) Recomposição do concreto desagregado com massa estrutural de cimento (CP-II ou III) e areia (traço 1:1) ou grout de reparo estrutural tipo tixotrópico de 50MPa;

          F) Recomposição da camada de reboco/emboço com massa argamassa de Cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa;

IMPORTANTE: Caso após percussão, permaneça alguma trinca (junta de dilatação/concretagem, proceder-se-á com injeção de selante de poliuretano de alto rendimento (para evitar infiltrações) e pintura.

4. Manutenção Contínua

A garantia dos serviços de impermeabilização são de 05 (cinco) anos. No entanto deve se varrer periodicamente áreas próximas aos ralos para evitar entupimentos. Além disso, não deve ser feita qualquer tipo de obra que venha a danificar e/ou fragilizar o sistema de impermeabilização existente ou sua proteção mecânica.

Recuperação/Reforço Estrutural: Restauração de Fachadas e Elementos Estruturais

A recuperação estrutural é um processo crucial para a manutenção e prolongamento da vida útil de edifícios. Com o tempo, estruturas podem sofrer degradação devido a uma série de fatores, dos quais os principais são as intempéries (chuva e maresia).

A recuperação/reforço estrutural visa restaurar a integridade e a segurança dessas estruturas, garantindo sua funcionalidade e segurança para os ocupantes.

 

1. Avaliação da Estrutura

O primeiro passo na recuperação estrutural é uma avaliação detalhada da condição atual da estrutura. Engenheiros e especialistas realizam inspeções visuais e testes não destrutivos para identificar problemas como fissuras, deformações, corrosão e outros sinais de deterioração.

2. Diagnóstico dos Problemas

Após a avaliação, é necessário diagnosticar a causa dos problemas identificados. Isso pode envolver a análise de fatores como a qualidade do sistema de impermeabilização/vedação e o cobrimento da armadura.

Edifícios com varandas/sacadas e terraços descobertos podem apresentar sinais de necessidade de recuperação estrutural, devido à falhas e ausência de manutenção preventiva do sistema de impermeabilização.

Reservatórios (Caixas d’água e Cisternas) também devem ser limpados periodicamente para preservar ainda mais a durabilidade de sua impermeabilização.

3. Recuperação Estrutural

i) Após a remoção de todo conteúdo desagregado no ensaio à percussão, será verificado o estado estrutural pelo profissional e/ou engenheiro responsável

ii) Em seguida, será executada a recomposição destas superfícies com chapisco de aproximadamente 3mm de espessura, feito com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:2, no caso de a camada de alvenaria (tijolo ou concreto) ficar aparente, utilizando bianco como ponte de fixação no substrato existente;

iii) Após a cura deste, quando da sua aplicação, será feito o emboço, com espessura variável de forma a se conseguir o nivelamento em relação ao emboço existente não desagregado, com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa, reaplicando novamente o bianco para potencializar ainda mais a aderência do reboco ao chapisco;

iv) Caso notada a desagregação do concreto e corrosão de armaduras, proceder-se-á da seguinte forma:

          A) Retirada SOMENTE do concreto desagregado, deixando o concreto são para não abalar a estrutura;

          B) Remoção da seção oxidada/corroída da armadura com escova de aço adequada;

OBS: Caso após a remoção da parte oxidada/corroída, a seção remanescente da armadura seja inferior a 90% do seu total original, proceder-se-á com reforço estrutural, respeitando seus respectivos transpasses, sendo sua ancoragem com chumbador químico (adesivo estrutural bicomponente A+B).

          C) Aplicação de inibidor de corrosão à base de Zinco/Resina Cimentícia (FERROPROTEC da VIAPOL) em 02 demãos (conforme indicação do fabricante);

          D) Aplicação de adesivo estrutural para aderência da nova camada de concreto a ser executada (grout de reparo estrutural de 30 a 50MPa);

          E) Recomposição do concreto desagregado com massa estrutural de cimento (CP-II ou III) e areia (traço 1:1) ou grout de reparo estrutural tipo tixotrópico de 50MPa;

          F) Recomposição da camada de reboco/emboço com massa argamassa de Cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa;

IMPORTANTE: Caso após percussão, permaneça alguma trinca (junta de dilatação/concretagem, proceder-se-á com injeção de selante de poliuretano de alto rendimento (para evitar infiltrações) e pintura.

 

4. Manutenção Contínua

Após a recuperação estrutural, testes de percussão devem ser feitos de maneira periódia (a cada cinco anos) para manter a fachada sempre em bom estado de conservação e estrutura.

Vídeo sobre breve explicação sobre ação das intempéries na estrutura de concreto armado.