Impermeabilização
A Impermeabilização de áreas descobertas (terraço, varandas, playground etc.) e reservatórios (caixa d’água e cisterna) é vital para a saúde e vida útil de edifícios.
A ausência de sua manutenção preventiva e/ou o desprezo de suas evidências (infiltrações ao pavimento inferior) podem acarretar a longo prazo grandes prejuízos, pois ter-se-á que, além da impermeabilização a ser feita/revisada, recuperar a estrutura afetada ou, nos piores casos, demolida e reconstruída).
1. Tipos de Sistema de impermeabilização
Temos vários tipos de sistema de impermeabilização para áreas descobertas ou reservatórios:
i) Telhados com Calhas e Rufos.
As telhas recebem a água e desaguam na calha. Os rufos protegem a parte lateral e posterior do telhado, de modo que não passe pela junta.
ii) Lajes
Impermeabilização mais comum utilizada em lajes é a manta asfáltica.
Se a laje for uma área técnica ou sem tráfego de pessoas (somente técnicos), utiliza-se a manta com autoproteção (normalmemente alumínio ou ardósia).
A proteção mecânica e contrapiso é apropriada para manta asfáltica sem autproteção. Idela para pisos de garagem, playground etc., onde há circulação de pessoas ou veículos.
iii) Reservatórios
Os reservatórios são normalmente elevados (caixas d’água e piscinas) ou enterrados (cisternas e piscinas).
O tipo de impermeabilização mais comum utilizado é a argamassa polimérica para ambos casos (tipo viaplus 7000, sika 7 etc.), acompanhada sempre de tela de poliéster para cantos/quinas e aberturas (ralos, tubos etc.).
2. Evidências de Infiltração
Para a solução definitiva de infiltrações, temos o seguinte:
A identificação de pontos iniciais de infiltração não pode ser ignorada. Não precisa ser profissional para saber identificá-los:
A) Tudo, na maioria dos casos, começa com um ‘pinga-pinga’ no teto ou uma mancha amarelada que vai se espalhando;
B) Se esses pequenos sinais não forem levados a sério, teremos o reboco/gesso do teto começando a desagregar (soltar);
C) E finalmente, começaremos a ver a armadura corroída/oxidada e parte da estrutura (concreto) da laje se desagregando.
Conforme relatamos acima, basta olhar para o teto durante a chuva para ver se está tendo infiltração (ou para o chão: poça de água).
3. Solução dos Problemas
Após a identificação de um sinal de infiltração, não deixe para depois! Chame já um profissional ESPECIALIZADO deve ser chamado (de preferência da DEUTSCH ENGENHARIA) para avaliar o serviço a ser executado: Cuidado com o barato que sai caro! Economizar na manta e em profissinal qualificado vai te trazer prejuízo e dor de cabeça!
Remendo são paliativos e normalmente não duram muito tempo. Para serviços de impermeabilização é mais eficiente trabalhar em toda a superfície horizontal de mesmo nível que fica na face oposta (pavimento acima) do local identificado.
Lembrando que o teste de estanqueidade é necessário, especialmente para sistemas de impermeabilização que possuem proteção mecânica (contrapiso, pastilhas etc.).
4. Recuperação Estrutural
A infiltração normalmente gera problemas estruturais que, após sua devida impermeabilização
i) Após a remoção de todo conteúdo desagregado no ensaio à percussão, será verificado o estado estrutural pelo profissional e/ou engenheiro responsável
ii) Em seguida, será executada a recomposição destas superfícies com chapisco de aproximadamente 3mm de espessura, feito com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:2, no caso de a camada de alvenaria (tijolo ou concreto) ficar aparente, utilizando bianco como ponte de fixação no substrato existente;
iii) Após a cura deste, quando da sua aplicação, será feito o emboço, com espessura variável de forma a se conseguir o nivelamento em relação ao emboço existente não desagregado, com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa, reaplicando novamente o bianco para potencializar ainda mais a aderência do reboco ao chapisco;
iv) Caso notada a desagregação do concreto e corrosão de armaduras, proceder-se-á da seguinte forma:
A) Retirada SOMENTE do concreto desagregado, deixando o concreto são para não abalar a estrutura;
B) Remoção da seção oxidada/corroída da armadura com escova de aço adequada;
OBS: Caso após a remoção da parte oxidada/corroída, a seção remanescente da armadura seja inferior a 90% do seu total original, proceder-se-á com reforço estrutural, respeitando seus respectivos transpasses, sendo sua ancoragem com chumbador químico (adesivo estrutural bicomponente A+B).
C) Aplicação de inibidor de corrosão à base de Zinco/Resina Cimentícia (FERROPROTEC da VIAPOL) em 02 demãos (conforme indicação do fabricante);
D) Aplicação de adesivo estrutural para aderência da nova camada de concreto a ser executada (grout de reparo estrutural de 30 a 50MPa);
E) Recomposição do concreto desagregado com massa estrutural de cimento (CP-II ou III) e areia (traço 1:1) ou grout de reparo estrutural tipo tixotrópico de 50MPa;
F) Recomposição da camada de reboco/emboço com massa argamassa de Cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa;
IMPORTANTE: Caso após percussão, permaneça alguma trinca (junta de dilatação/concretagem, proceder-se-á com injeção de selante de poliuretano de alto rendimento (para evitar infiltrações) e pintura.
5. Manutenção Contínua
A garantia dos serviços de impermeabilização são de 05 (cinco) anos. No entanto deve se varrer periodicamente áreas próximas aos ralos para evitar entupimentos. Além disso, não deve ser feita qualquer tipo de obra que venha a danificar e/ou fragilizar o sistema de impermeabilização existente ou sua proteção mecânica.