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Recuperação estrutural

A recuperação estrutural é um processo crucial para a manutenção e prolongamento da vida útil de edifícios. Com o tempo, estruturas podem sofrer degradação devido a uma série de fatores, dos quais os principais são as intempéries (chuva e maresia).

A recuperação/reforço estrutural visa restaurar a integridade e a segurança dessas estruturas, garantindo sua funcionalidade e segurança para os ocupantes.

1. Avaliação da Estrutura

O primeiro passo na recuperação estrutural é uma avaliação detalhada da condição atual da estrutura. Engenheiros e especialistas realizam inspeções visuais e testes não destrutivos para identificar problemas como fissuras, deformações, corrosão e outros sinais de deterioração.

2. Diagnóstico dos Problemas

Após a avaliação, é necessário diagnosticar a causa dos problemas identificados. Isso pode envolver a análise de fatores como a qualidade do sistema de impermeabilização/vedação e o cobrimento da armadura.

Edifícios com varandas/sacadas e terraços descobertos podem apresentar sinais de necessidade de recuperação estrutural, devido à falhas e ausência de manutenção preventiva do sistema de impermeabilização.

Reservatórios (Caixas d’água e Cisternas) também devem ser limpados periodicamente para preservar ainda mais a durabilidade de sua impermeabilização.

3. Recuperação Estrutural

i) Após a remoção de todo conteúdo desagregado no ensaio à percussão, será verificado o estado estrutural pelo profissional e/ou engenheiro responsável

ii) Em seguida, será executada a recomposição destas superfícies com chapisco de aproximadamente 3mm de espessura, feito com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:2, no caso de a camada de alvenaria (tijolo ou concreto) ficar aparente, utilizando bianco como ponte de fixação no substrato existente;

iii) Após a cura deste, quando da sua aplicação, será feito o emboço, com espessura variável de forma a se conseguir o nivelamento em relação ao emboço existente não desagregado, com argamassa de cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa, reaplicando novamente o bianco para potencializar ainda mais a aderência do reboco ao chapisco;

iv) Caso notada a desagregação do concreto e corrosão de armaduras, proceder-se-á da seguinte forma:

          A) Retirada SOMENTE do concreto desagregado, deixando o concreto são para não abalar a estrutura;

          B) Remoção da seção oxidada/corroída da armadura com escova de aço adequada;

OBS: Caso após a remoção da parte oxidada/corroída, a seção remanescente da armadura seja inferior a 90% do seu total original, proceder-se-á com reforço estrutural, respeitando seus respectivos transpasses, sendo sua ancoragem com chumbador químico (adesivo estrutural bicomponente A+B).

          C) Aplicação de inibidor de corrosão à base de Zinco/Resina Cimentícia (FERROPROTEC da VIAPOL) em 02 demãos (conforme indicação do fabricante);

          D) Aplicação de adesivo estrutural para aderência da nova camada de concreto a ser executada (grout de reparo estrutural de 30 a 50MPa);

          E) Recomposição do concreto desagregado com massa estrutural de cimento (CP-II ou III) e areia (traço 1:1) ou grout de reparo estrutural tipo tixotrópico de 50MPa;

          F) Recomposição da camada de reboco/emboço com massa argamassa de Cimento (CP-II ou III) e areia no traço 1:3 com aditivos de argila apropriado para superfície de fachada, corroborando para uma melhor liga na argamassa;

IMPORTANTE: Caso após percussão, permaneça alguma trinca (junta de dilatação/concretagem, proceder-se-á com injeção de selante de poliuretano de alto rendimento (para evitar infiltrações) e pintura.

4. Manutenção Contínua

Após a recuperação estrutural, testes de percussão devem ser feitos de maneira periódia (a cada cinco anos) para manter a fachada sempre em bom estado de conservação e estrutura.